O silêncio do homem bomba

Nas cores tristes das luzes

Quase apagadas pela nevoa

Dentre os olhos do exílio social

O fogo negro dos pensamentos

As ideias falidas...

O poema não corre

Antes se afunda na lama dos ouvidos

Da boca e dos olhos.

Ensadecidos ruídos no silêncio!

Silêncio do homem bomba

Do engolidor de espadas

Do engolidor de sapos

Arrotando coca-cola.

Ecos horrendos empilhados na estante

Marginais absolutos

Frutos, hipsters

Surgindo dentre a nevoa de gás paralisante.

As horas se dissolvem!

Os dias, os meses, os anos, os séculos.

A paixão fere!

Os telefones explodem nas esquinas da cidade

Quebrando o silêncio das madrugadas.