CONVENIÊNCIAS

Duvido que ouvido tenhas para ouvir

Ou coragem para ler um poema meu.

É-te muito mais fácil reprimir,

Minhas emoções... É o jeito teu...

Duvido que olhos tenhas, para enxergar-me,

Ou valentia para falar-me.

A covardia, apenas te permite afastar-te,

O medo, só faz calar-te...

Duvido que chore, mesmo que escondido,

A perda desse amor, tão destemido,

Que um dia foi teu e de mais ninguém!

Duvido que te importes, afinal,

Amas a ti mesmo; menos mal,

Ao menos assim, posso amar quem me convém!

*** 19 – 01 – 01 ***