Temo, Flor

Temo, Flor, que seja o nosso destino

como a folha que se desprende no outono

e alça voo dispersa pelos quatro ventos.

(o eco sutil de uma canção a ser esquecida).

Temos o passar destas horas que se perdem

em que nossos caminhos vão se tornando

distantes como uma velha lembrança tida.

(a calma melodia da dança dos ausentes).

Vejo e sinto que se esvaem a cada minuto

em que se abre entre os nossos caminhos

uma fenda que faz de ti uma vã memória

voando nas brisas de meus pensamentos.

Joselito de Souza Bertoglio
Enviado por Joselito de Souza Bertoglio em 30/06/2013
Código do texto: T4365375
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