Digressão

DIGRESSÃO

Todas as tardes de verão

O sol morre em minha frente

Nasce a estrela precoce

Sugerindo-me devaneios ímpares

Minha imaginação sobrepõe-se a razão

Abrem-se as cortinas coloridas

Do palco da minha fantasia

Meu cérebro esvazia-se

Para encher-me o coração

Sinto-me incontinenti fisgado

Pelas ondas dos desejos carnais

Absorvo-me em prazeres úteis e fúteis

Imbuído de bons propósitos

Sigo a viagem tranquilo

Até quando o incontestável permitir-me

Pois só a enjeitada de todos

Poderá me arrebatar para sempre

Dessa comédia sem nomenclatura

Em cujo elenco sou protagonista

Onde interpreto tal qual a vida real.

“Quando descobrimos que erramos, estamos caminhando para a perfeição”.

salencar
Enviado por salencar em 05/07/2013
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