CÉU NOTURNO
Na penumbra do bar
Reuniu-se a confraria das desventuras
Expostas pela introspecção
Dos que se escondiam por detrás dos copos.
Corpos arqueados,
Espíritos vergados pela dureza da realidade
Que lhes privaram o desfrute do prazer.
Sonhos frustrados e desenhados
Nas múltiplas expressões desfiladas.
A música embala o continuísmo da desesperança.
Há um estranho deleite
No exercício macabro
Dessa degustação niilista...
Cai uma taça.
Todos param.
Mas por um instante breve.
Voltam a velar a morte do brilho dos seus olhos...