CÉU NOTURNO

Na penumbra do bar

Reuniu-se a confraria das desventuras

Expostas pela introspecção

Dos que se escondiam por detrás dos copos.

Corpos arqueados,

Espíritos vergados pela dureza da realidade

Que lhes privaram o desfrute do prazer.

Sonhos frustrados e desenhados

Nas múltiplas expressões desfiladas.

A música embala o continuísmo da desesperança.

Há um estranho deleite

No exercício macabro

Dessa degustação niilista...

Cai uma taça.

Todos param.

Mas por um instante breve.

Voltam a velar a morte do brilho dos seus olhos...

MARCO ANTONIO BREGONCI
Enviado por MARCO ANTONIO BREGONCI em 06/07/2013
Reeditado em 07/07/2013
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