Voz embargada

Ah! Se o universo soubesse
A tristeza que coroe meu peito
Diante da tua partida,
Nem apenas uma despedida
Enchendo de saudade o meu leito

As lagrimas teimam em cair
Formando um rio caudaloso
Com aguas mornas de saudade
Deixando meu peito assim
Vazio e sem vontade de sorrir

Nesse mundo atmosférico
A tristeza é minha companheira
O destino me deu uma rasteira
tirando a pétala da alegria
que perfumava a minha poesia

Lá fora a noite entretecida
Cabisbaixa a lua e as estrelas
com a minha dor emudecida
que um dia pude vê-las
ao lado da tua guarida.

Agora so restam as lembranças
Das palavras doce e perfumadas
Que deixou como herança
Por vezes me deixando mimada
E me trazendo segurança.

Num relicário guardarei com respeito
As inefáveis palavras do teu peito
Exalando a mais nobre essência
No jardim da convivência.
Agora minha voz embarga
Chorando a tua ausência ...

Fatima Galdino

08/07/2013


Essa poesia eu dedico ao grande incentivo que tive durante anos ao poeta Jamil Luz.Hoje ele nos deixa saudade e antes de partir me pediu que eu nunca deixasse
de escrever pois a poesia fazia parte da minha vida.Obrigada poeta!onde voce estiver
creio que estará bem.Saudades muitas.

Fatima Galdino
Enviado por Fatima Galdino em 07/07/2013
Reeditado em 07/07/2013
Código do texto: T4375764
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