Poesia Lapa D'Abril

Do outro lado do mundo

há um lugar especial

onde o que pensamos somos.

Tudo é,

naturalmente, ideal.

Até mesmo a merda dos pombos

cai vertiginosamente perfeita,

a fofoca é rarefeita,

aos crocodilos um maravihoso pantanal.

O Blues enlameado

é gutural

e o grito que prendo,

a mentira que pinto,

a dureza que aprendo

é amargo doce

como se delícia fosse

o sofrimento parcial.

Então acordo,

tomo uma quente ducha fria,

que lava meus olhos,

esquenta meu couro,

adormece a boemia,

australiano sonho,

prender a respiração, morrer por asfixia.

Ou

Nascer denovo,

amanhecer mais um dia.

renato barros
Enviado por renato barros em 11/07/2013
Reeditado em 11/07/2013
Código do texto: T4382531
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