Ode ao amor mítico

Qual cupido que, em dardos flamejantes,

segaste o teu coração?

Não enxergas mais além do teu amado,

pois o transformara em um porto seguro.

Percebei, amada,

os sinais de tão nobre amor retribuído,

pois não há nada, de tão agraciado,

que um coração à espera de complemento.

Não que houvera roubo,

mas incompletude das mãos do Divino Artífice

e que a pequena criatura alada

responsabilizasse de unir.

Foi assim, então,

que, pela voz do Divinal Artista,

obedeceu o mítico anjo e,

com setas ardentes, uniu amado e amada

e, hoje, dizem: somos um.

Walter Welington
Enviado por Walter Welington em 05/04/2007
Reeditado em 05/04/2007
Código do texto: T438425
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