O poema Rasgado

O POEMA RASGADO

Certo dia, rasguei meu peito

Para extrair do âmago do coração

Algo que eu fizesse uma canção

Poderia não ser perfeito.

Bem que poderia ser, até

Um poema que falasse de amor

Mas arranquei uma melancólica poesia

Que só falava de pavor.

Falava também de ingratidão

De martírio, de angústia e lamento

Um pesadelo sem contentamento

Habitava o meu coração.

Mas amor não é pra rimar com dor

Pode até rimar com flor, licor .....

Amor é alegria, é festa, é deslumbramento

Deve estar distante de sofrimento!

Não completei meu poema de amor

Naquele dia não brotava alegria

Só a tristeza pra mim sorria

Foi um imenso clamor.

Rasguei o borrão sem piedade

E prevaleceu minha vaidade

Espalhei pedaços de papel pela cidade

Mas foi contra minha vontade!!!!!!

Mas não sujei a cidade.

Samuel Alencar da Silva

Capanema 24 de abril de 2013.

salencar
Enviado por salencar em 18/07/2013
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