Deixem o vento e a lua serem livres


Vento farfalhando na grama,
curvando arbustos...
Silencioso que tanto é,
não tem para si um alojamento.
Vive sussurrando nas ondas,
enfunando alvas velas,
zumbindo nos ouvidos dos humanos,
trazendo areia fina
para as frágeis retinas.

Vento, detentor de alento,
construtor de dunas ,
passeia nas areias,
trazendo movimentos sem fim.
Às vezes, espalhando tristeza
em todos os lados,
como faz, cara zombeteira,
ao passar por uma fogueira,
e para desespero dos homens,
as chamas extinguir,
até desaparecer no horizonte
sem deixar rastro algum.

Cometeria ato insensato,
quem quisesse procurar
os rastros do vento,
a sombra do sol.
Ou o murmúrio da lua.
Deixem que a pálida lua
brilhe ao zumbido do vento.
Deixem as sombras
medrando nas plagas celestes,
mesmo conspurcando
toda a distância densamente azul,
quando o luar não está aceso,
nem estrelas brilham
no escuro enfeitando o céu.

LuizMorais
Enviado por LuizMorais em 21/07/2013
Código do texto: T4397206
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