Maldita Poesia

Rasgo as felpas da poesia !

Escarro nas fantasias

Piso nas utopias

Apunhalo a hipocrisia

Dane-se as vãs filosofias

Não quero mais saber de poetar

Não preciso do falso

brilho do luar

Esqueço que existe uma

palavra chamada sonhar

Rejeito o beijo de mel

do tal verbo amar

Quero a realidade nua e crua

É muito mais salutar

O fel posso degustar

Não tenho medo de envenenar

Ah! quantos dissabores

a poesia me deu

Nos versos e rimas

meu destino teceu

Agora quem dá às ordens

a bússola da vida sou eu!

Poesia maldita

Prá mim você morreu!

07/06/2004

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Zena Maciel
Enviado por Zena Maciel em 20/08/2005
Código do texto: T44056