O VÔO DA GAIVOTA
Voava em círculo e lento
Olhos fixos nas águas do lago
Queria peixe - nem que fosse pago
No suave frescor do caminhar do vento
Era dia - o Sol brilhava
Água calma, nua e fria
Era a nuvem que surgia serena!
Na "luz e sombra" que agasalhava
O vôo ornamental da gaivota
Embelezava seu reflexo nas águas
Asas ritmadas!
Alegre, sem dor e sem mágoas
Na reta do vôo, o show da reviravolta
Um cheiro de mato benfazejo
Exalava do ambiente
Deixava todo contente
O participante do ensejo
O Sol sempre subindo, sorrindo
Enxugando todo orvalho da folhagem
O desabrochar da flor coloria a ramagem
A natureza em festa, o tempo todo persistindo
A gaivota voava o lago em sua margem
Encerrando seu belo espetáculo
No azul do silêncio, e sem obstáculo
Preservando o seu descanso
Num gesto receptivo e manso
Pousou na árvore costumeira
Altaneira
Com graça e maestria...
Ali, ela exibia
O encanto de sua imagem.