A agonia dos poetas

A agonia dos poetas

Ahh! Garganta que não alivia

O vicio de sentir certa dor

Um lamento escravo da magia

Sinos da agonia do ardor

Dias que pesam um século

Na boca sedenta a esperar

O vinculo do vinho d’encéfalo

Cura este enfermo do amar

Piedade beleza de mundo

Pelos rios sombrios que bebi

O Éden foi o caos mais profundo

Ou fugitivo tornei-me do que vi

Pelas pedras e plumas que tenho

Circulando por este engenho

De quem é a culpa da perfeição

Que um dia a dor do universo

Fique preso entre linhas e versos

E os poetas transformem a imensidão

18/08/05

Camper
Enviado por Camper em 22/08/2005
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T44326