Nos seus olhos

Nos seus olhos

Há dias sombrios e calmos

E dores que saem de ti

Luas transcendentes de falas

Há mais que busquei e perdi

Nos seus olhos verdes repousa

Meu vôo liberto vivente

Também repousa uma cólera

Dessas que nascem na gente

São silêncios que falam por si

E palavras que fogem do peito

Equilibro em pontas de sonhos

Navego seu leito, seu seio.

Desfalece em seu beijo minha boca

Repousa meu corpo no seu

Cavo sua mente elucida

Tenho o que nunca é meu

Nos seus olhos lanço um grito

Outra quimera nasceu

Por ser assim ressuscito?

O que é vivo nunca morreu

15/08/05

Camper
Enviado por Camper em 22/08/2005
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T44334