O DISCURSO
Nem uma lágrima remota
Nem líquida tão pouco ao pó
O que dizer das palavras
Ratazanas detonadas sem dó nem piedade
Nem uma lágrima remota nem líquida tao pouco ao pó
Ao som que ecoa
Palavras que não só as marca
É o profetizar insanamente da tua própria beleza
E que belo, oh!!
Ditas palavras
Arma da destruição
Mecanicamente catequizada
Esperas que estou chegando
Serei todo ouvido
Não esperas em pé ou sentado
Esperas deitado em cama macia
Podes cansar
Podes vê inclusive a vida passar
Teus netos chegarem
A morte se aproximar
E por fim esperas
Serei todo ouvido
Da notícia de tua espera,
Mas não do teu discurso senhor candidato.