O DISCURSO

Nem uma lágrima remota

Nem líquida tão pouco ao pó

O que dizer das palavras

Ratazanas detonadas sem dó nem piedade

Nem uma lágrima remota nem líquida tao pouco ao pó

Ao som que ecoa

Palavras que não só as marca

É o profetizar insanamente da tua própria beleza

E que belo, oh!!

Ditas palavras

Arma da destruição

Mecanicamente catequizada

Esperas que estou chegando

Serei todo ouvido

Não esperas em pé ou sentado

Esperas deitado em cama macia

Podes cansar

Podes vê inclusive a vida passar

Teus netos chegarem

A morte se aproximar

E por fim esperas

Serei todo ouvido

Da notícia de tua espera,

Mas não do teu discurso senhor candidato.

LUCIANO NUNES
Enviado por LUCIANO NUNES em 14/08/2013
Código do texto: T4433793
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