Ury vwä

N’um canto solitário,

durante a noite,

com a Lua servindo de cúmplice,

sou um selvagem nu; poeta.

Canto cúmplice do que não pôde,

do que sempre quis que fosse.

Entoar p’ro vento todas fantasias;

confessar para o papel, colocá-lo n’uma garrafa

e deixar o mar levar...

Que o mar lave,

pula p’ra fazer de conta que é real.

Então o Sol volta, como sempre,

e reprime o belo,

a fantasia outrora fundada

no que jamais virá a ser.

Mas assim que é!

O Sol vem para que nós continuemos juntos

e a Lua, para que jamais seja necessário nos separarmos.

melão
Enviado por melão em 09/04/2007
Reeditado em 10/04/2007
Código do texto: T443763