A Árvore da Ciência
En admiración a Pío Baroja.
Cheia de paraíso
Exalando ignorância
Eva tem todos os frutos
Mas só um a reclama
A natureza escapa
Das frestas do seu instinto
Na baixeza lícita
De reivindicar o que é seu
Ego, maçã e liberdade
Mesclam-se numa mordida
Nutrindo-a do bem e do mal!
Mutila os divinos preceitos
Munida de opostos
Carrega nas mãos o triunfo
Do nefasto, a contraposição
Alimentou-lhe consciência
A auto-suficiência
A expulsa da perfeição
Implicando-lhe na vitória
Além de todo o limite
Pecado, heresia e infração
São seus instrumentos, e a lide
Tornou-se frutífero método
De resultados vermelhos
Tais fatos lhe são perfeitos
À irreprochável vingança:
A árvore da ciência faz sombra
Sobre a vontade de Deus.