Desencontros
DESENCONTROS
Madrinha! Hoje eu tenho
Um encontro com Margot.
Não é maravilhoso!
Como eu dizia naquele poema.
Deixei-a sentada na praça,
Serena, feliz, toda cheia de graça,
No banco do mesmo jardim,
Pensando na vida
Esperando por mim.
Andei no mundo,
De lápis e papel nas mãos.
Na busca do paraíso perdido,
Sem vela, sem direção.
Encantei-me nas delícias de Sabá.
Vi Pasárgada tão bela!
Contemplando Shangri-lá.
Tantos anos se passaram.
Ouvi dizer por acaso,
Que aqueles longos cabelos,
Estão agora cor de prata.
Ai de mim! Quem me dera!
Tivesse olhado,
O passado, presente, futuro,
No meu índigo blues.
Talvez quem sabe...
O fruto deste amor
Tão terno!
Tão latente!
Não tivéssemos hoje,
Um negrinho de olhos azuis.
Poeta Dos Ermos