Equilibrista
Equilibrista
Eu não posso parar
Se parar eu caio
Se eu caio
Eu morro.
Não me olhes de soslaio
Não me deixe cair
Malandro da vida
Sereno, sem terreno.
Mas do amor
Eterno aprendiz.
Sou da vida professor
Sou do amor buscador
E pro real sou pássaro
Desatinado em céus
Voando contra os ventos
Pairando sobre o mundo
Homem pecador
Tangendo da vida a dor
Abraçando, do mundo, o amor.
Sou equilibrista da vida
Se cair...
Posso não estar mais aqui.
Eu não posso parar
E olhar pra você
Se olhar eu caio
Não...
Eu não quero sofrer.
Não me deixes cair
No imenso vazio
Por isso não posso parar
Se parar eu caio
Se eu caio
Eu morro.
No silêncio da madrugada
Fujo do leito da morte
Pois tenho meu bem querer.
Junto as palmas das mãos
Falo baixinho em oração
Sou jovem demais para morrer.
Poeta Dos Ermos/Dulce Ornellas