Guerreiras

Acordei em insana agonia.

Não sabia se era noite,

Não sabia se era dia.

Dentro do peito, doía.

Sim, havia uma guerra.

Mas eu a enfrentaria.

O meu coração só garantia

O que eu já sabia:

Não desistiria!

Guerreiras choram,

Mas não recuam

Sua valentia.

E quando estancam

Sua sangria,

Levantam a espada,

E recomeçam,

Mesmo que a causa

Seja apenas a esperança,

De serem felizes, um dia.

Singela alegria,

Busca de uma ideologia,

Ou uma banal filosofia

Que justifique

A incessante melancolia

A solidão como mania,

Que oprime e vicia.

Guerreiras choram,

Caladas, sozinhas,

Nas madrugadas vazias.

Mas estão sempre prontas

Para enfrentarem os leões:

E matam quantos forem necessários,

A cada novo dia.