ESQUECIMENTO

O que sobrou é meio sem nome.

Tudo que era fé nas coisas

está submerso no esquecimento.

Então não se ensina a memória

a quem fabrica pesadelos.

Uma lástima, toda a história.

Horas que se passam antes do chá,

e uma eternidade morna, até o dia clarear.

Sai tudo do esquadro porque viver é assim...

não tem fúria, nem efeito nem glória.

Em meio a todos, ainda um esquecerá.

E cerrada nas pálpebras, a visão específica,

nunca houve, nem nunca mais haverá.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 27/08/2013
Código do texto: T4454968
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