Do amor que sinto
Preciso escrever-te.
Vejo passar as horas desse encanto
E grunhir as vozes do esconder-te
Diante da majestade e seu manto
Preciso envolver-te
Onde a dor é doída no peito
Marchando contra as ondas do envelhecer-te
Esperando o preto nesse doce leito.
Preciso falar-te
Das teorias e das metonímias desse efeito
Construindo loucas esperas no ter-te
Deixo de lado o branco pelo conceito
Preciso olhar-te
Deslocando o que quero no eleito
Disfarçando a pele no encontrar-te
No momento exato do amor perfeito
Preciso fugir-te
Porque me queima o ventre no momento
Que não alcança o signo do manter-te
E o fogo passa nesse instante,tanto!