É HORA DO ALMOÇO

É hora do almoço

O meu prato cheio

De incertezas e desgosto

A fome nem é tanta

O vazio que sinto

É de medo do desconhecido

É hora do almoço

Tanta gente disputando um osso

A fome já é tanta e sinto

O oco da barriga roncando

O que mata a sede é seu pranto

É o medo que vive me rondando

É hora do almoço

Tanta gente desprezando

Jogando no lixo

O que muitos vivem buscando

Nas latas das esquinas

Nunca viu o pão de cada dia

É hora do almoço

Tem gente brincando com a vida

E muitos procurando

A morte como saída

A tua fome é só da partida

Dessa vida cruel e mal dividida

Luiz Carlos Santos
Enviado por Luiz Carlos Santos em 02/09/2013
Código do texto: T4463408
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