TENTATIVA
Não sei me expressar, talvez, não sei,
por tudo que aprendi, já não me lembro,
nem explicar de mim, à cada membro,
do meu corpo que estua em mim sem lei.
Mas pela proximidade é que eu luto,
afim de ver banida esta distância,
que nos estressa, esse destino astuto,
que corrompe de nós toda a importância.
Mas tudo que em mim, ardente clama,
é para ver o amor nosso fulgente,
como o sol ao meio dia, como a chama,
como o lume que queima permanente.
E se de tudo fracassar a minha luta,
e desafinar na garganta a melodia,
fazer ruir na vida a minha labuta,
não vou querer ver mais a luz do dia.
(YEHORAM)