Alicerce

Trago a saudade como engenheira do pensamento,

O que me fazia forte não era o Amuleto,

mas a fé empregada no objeto.

E hoje propenso ao futuro abstrato,

vejo por cima de um muro intrigante,

as orgias que o vento fazia para levar

pra longe o passado, em meu rosto esplêndido reflete a luz,

que faz o escuro da noite se esvair, e livra meus olhos dos medos

e refina meu dialeto.

Meus passos seguem meu coração e este segue a minha alma refletida no afeto.

No dualismo cotidiano, no amor debaixo do pano, no contexto da emoção.

Não quero o ócio como companheiro , quero a exaustão das tentativas,

me dando a certeza que construí meu alicerce em solo firme.