A poesia lenta
Quem diria um menino
Sonolento fazendo poesia
Não cria ao garoto fazer poema
Cria as palavras que havia
Inventa o fogo nas ventas
Atenta e atiça as palavras
Do vento pela treliça
Não mede sons
Não pede sons
Ouve
Cala
Agora fala
Sedento de tudo
Suplica e implora
Não sabe o que é rima
Constrói as suas palavras
Pensa, sofre, sente e explora
Fala, grita e chora e a palavra aflora
Do coração noturno a poesia é lenta