O LOUCO SOU EU

Eu que sou tão louco

E em tanta loucura vejo tantos campeões,

Que até pergunto, se eu sou mesmo louco?

Parolos e cornos têm sido os maridos traídos,

E os gabarolas do governo

Que fazem promessas e não são cumpridas.

E o louco sou eu,

Sempre o louco sou eu,

Não existe mais louco que eu,

Mesmo vendo as parvalheiras

Que falam os armados em chicos espertos,

Sempre com coelhos na cartola

E perguntas de algibeira.

Ninguém lhes passa cartão a não ser os tolos

Mas sempre o louco sou eu,

E mesmo por verdade que seja uma palavra bem dita,

Sempre o louco sou eu e serei eu.

A sinceridade mede-se por um louco

No alto pensamento da hipocrisia dos charlatões,

Que vivem cobardemente por falsas modéstias

E grandiosos feitos em fachadas onde as riquezas

São a podridão a que a rude vileza e mesquinha

Condição pode abarcar tais ilustres intelectuais,

Porém sempre o louco sou eu, e sempre serei eu,

Porque existem estes que são mais espertos do que eu.

Angelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 07/09/2013
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