ALMA PERDIDA

A calma se desprende

da carne e do corpo

a alma chora descrente

enquanto em violência, morro.

Desfigurado pelo ódio

avanço sobre ti,

regalias perdidas ao toque

que triste, desferi.

Usurpo sua confiança

há crueldade em meus olhos.

Tendes certeza do que queres?

Tento me controlar

E mais forte que eu!

Esse desejo maldito

Que queima por dentro!

Demônio não desperte

nas profundezas do meu eu

acorrentado a regalias

O mal! A ira!

O desejo doentio!

De tudo que não é meu.

Covarde! Bradam as vozes.

Obrigado a recolher-me,

já em lasciva e pulsante dor

ao pecado vislumbrar em terror.

Demônio maldito

Que me leva a loucura

Quando solto

Mostra a ira

De um anjo negro

Em fúria!

Expulso do paraíso

Banido do seu amor!

Que na sua crueldade

Virou ódio e pura dor

O tempo passa de eras a eternidades

há segundos que voam após tua voz

o perdão me é ainda mais letal

perdoa com beijo, em face, teu algoz.

Deixando me vivo

Mas banido de poder te amar.

EDU
Enviado por EDU em 24/08/2005
Reeditado em 25/08/2005
Código do texto: T44750