Borderline?
Hoje carrego uma dor triste
De assombrosa dor
Por tamanha desilusão
Apanhei das minhas próprias convicções
E tenho medo de ser
E, até, de respirar
Tanta ferocidade que jamais esperaria
Talvez, da minha família
Que, por sua vez,
Jamais adotou tamanha rudeza,
Tampouco, crueldade!
E lá se foram as minhas esperanças
Vou me curar, lá pelos lados
Da reconciliação
Aprendendo que, nem sempre,
Os laços de sangue envolvem
Menos amor que os laços de amizade.
E eu só quero que isso passe
E que eu possa logo ser
Merecedora
Da minha terra tão querida
E dos compatriotas que lá deixei...
Presa dentro de mim
Numa concha
Torcendo para que as paredes sejam mais fortes
Do que o pseudo-amor-desinteressado
Que outrora flertara com a minha alma
E que, agora, mostra-se vil e traiçoeiro
Que o meu amor não demore
Pois é o bálsamo.
Ele é o meu bálsamo.