A mentira do poeta
Como mentes tu poeta
Usando sangue em tua pena
De ti riem por todo canto
Posto que sabem que tu amas
Envergonha-te poeta!
Pois tua cólera é saudade
E teu escárnio é falsidade
Diga-me poeta
Que tua tinta é pranto
E o que tens na alma é solidão
Fala poeta!
Brada ao Universo
Com a força de teu peito
Do amor sublime e nobre
De de que és tu realmente feito
Confessa poeta
Que apesar de noite
Tua mente está na manhã
E que vive no frio
Em dias de sol
E só te aqueces na lembrança
A poesia chega ao fim
E titubeias poeta?
Pois perdoa-te amigo
Que covarde és tu não tanto
Que esta terminarás dizendo
Tu a amas
E amas muito, poeta