A mentira do poeta

Como mentes tu poeta

Usando sangue em tua pena

De ti riem por todo canto

Posto que sabem que tu amas

Envergonha-te poeta!

Pois tua cólera é saudade

E teu escárnio é falsidade

Diga-me poeta

Que tua tinta é pranto

E o que tens na alma é solidão

Fala poeta!

Brada ao Universo

Com a força de teu peito

Do amor sublime e nobre

De de que és tu realmente feito

Confessa poeta

Que apesar de noite

Tua mente está na manhã

E que vive no frio

Em dias de sol

E só te aqueces na lembrança

A poesia chega ao fim

E titubeias poeta?

Pois perdoa-te amigo

Que covarde és tu não tanto

Que esta terminarás dizendo

Tu a amas

E amas muito, poeta

Bernhard Schmitz
Enviado por Bernhard Schmitz em 13/04/2007
Reeditado em 19/04/2007
Código do texto: T448099