O POETA E A BAILARINA

Versa-me poeta!

"com os seus dedos firmes destros"

O poema que me  lança

Do palco para os teus braços...

Desvenda -me no verso as nuances

Que "ainda me vejo bailarina"

Á rodopiar... a rodopiar... a rodopiar...

Versa-me poeta!

O descalço dos meus pés

E eu caia da flama

Incendiada por sua chama

Nada menos que este solo

Para dançarmos... Para calarmos...

versa-me poeta!

Que me comoves vazar de suas retinas

Rolar até o macio dos teus lábios e salivar...

Versa-me o sentir

Para saber até onde o marujo quer ir versar

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 14/09/2013
Reeditado em 15/09/2013
Código do texto: T4482101
Classificação de conteúdo: seguro