O POETA E A BAILARINA
Versa-me poeta!
"com os seus dedos firmes destros"
O poema que me lança
Do palco para os teus braços...
Desvenda -me no verso as nuances
Que "ainda me vejo bailarina"
Á rodopiar... a rodopiar... a rodopiar...
Versa-me poeta!
O descalço dos meus pés
E eu caia da flama
Incendiada por sua chama
Nada menos que este solo
Para dançarmos... Para calarmos...
versa-me poeta!
Que me comoves vazar de suas retinas
Rolar até o macio dos teus lábios e salivar...
Versa-me o sentir
Para saber até onde o marujo quer ir versar