Senzala Temporal

Tempo que dá vida, que escraviza

Que começa, mas que também termina

Que não espera, que com força arrasta

Tudo aquilo que marca: Só fumaça!

Déspota por natureza, é quem dita

Os destinos e seus confusos fluxos

Nos fazendo implorar por outro dia

Que, lentamente, escorre pelo escuro

Apesar de tudo, ainda gostamos.

Ou melhor, apenas nos habituamos

A suportar os castigos do passado,

Condenando o futuro a mero sangue

[derramado

Conquistou as almas, para colonizar.

De seus pedaços, construiu jaulas

Em plena modernidade, senzalas

As quais o homem nunca suspeitou em amar

Thales BC
Enviado por Thales BC em 25/09/2013
Código do texto: T4497931
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