Visita

Diga-me a que veio,

E lhe digo se pode entrar.

Diga-me suas reais intenções,

E lhe digo se pode abrir a porta.

Caso contrário, sem a senha,

Nem a campainha tocará!

Ficará sentado, esperando

Minha boa vontade de moça.

E já lhe aviso antes de tudo:

Sou toda calmaria quando me desafiam!

Venço meus adversários, cansando-os.

Diga-me suas verdades.

E, dependendo de seu tom vocal,

Eu também lhe diga as minhas.

Senão, meias- verdades soam melhor.

Com menos ênfase, menos parágrafos.

Diga-me do que é capaz, em dias de solidão.

E eu lhe confessarei minhas especialidades.

Podemos traçar boas prosas.

Com o sem bolinho de chuva.

Por falar em especialidades,

Saiba você que me especializei em delicadezas.

Sou das emoções e sentimentos.

E prezo muito pela reciprocidade.

Portanto, faça a mim tão somente

O que quiser que eu lhe faça.

E faça bem feito.

Ou nem se atreva!

Não gosto de meias missões.

De bagunça organizacional

Já me basta a minha, vez ou outra.

Não precisa ser tão claro.

Basta apenas ser sincero.

A dualidade instiga e encanta.

Desde que venha verdadeira.

Outra coisa importante

É olhar bem lá no fundo...

Dos olhos e da alma.

Não há nada melhor do que revelar-se assim.

Sem ter que abrir os lábios.

Numa decifração tão perfeita, quanto intensa.

Que nos avermelham as bochechas.

Gosto de não ter que revelar

Meus instintos mais maquiavélicos.

Contudo, se preciso, os faço.

Com maestria.

Porque sou ariana, das impulsividades.

Embora esteja em órbita de Peixes,

Meu carneiro sabe dar de encontro

Com quem quer queira perturbar meus instintos.

Venha sentar-se ao meu lado, para um refresco de maracujá.

Acalmaremos os pensares.

E ainda risadas virão em sequência, certamente.

Não sou de mostrar os dentes, todo o tempo.

Aprendi a não mostra-los a qualquer um.

Tão somente os que merecem, os conhecem.

Diga-me a que veio.

Qual seu intuito, sua razão.

Quem sabe elas não sejam companheiras.

Quem sabe as missões sejam complementares?

Venha fazer-me uma visita.

Eu espero.

Mas, não demore, por favor!

Ou nem a campainha tocará...

HELOISA ARMANNI
Enviado por HELOISA ARMANNI em 30/09/2013
Código do texto: T4505206
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