Feminina Alma
As flores e seu perfume em existência sublime
Mulher em seus sentimentos mais singelos
Rosas, orquídeas, margaridas e acácias
Na alma feminina leve, suave, quente e doce
E também áspera quando se precisa
Na força bruta do universo em sua demanda de força
E gélida e frígida quando somatiza reações de repulsa
E passionalmente calorosa em noites de luar e vinho tinto
A mama seiva e licor dos deuses
Quando uma mulher chora
Há tempestades e ciclones de sentimentos
De revolta, mas lá, no centro daquela intempérie
Há a possibilidade do perdão
E do amor desinteressado
No enxugar das lágrimas
E essas ondas em suas idas e vindas
Entre ameaças de fuga e abandono
Ficam naquela praia por amor deliberado
Tendo todo o oceano para navegar, o coração dessas ondas...
E seus brincos e colares em corais multicoloridos
Adornam o universo em sua austeridade masculina em preto e branco
Em suas estrias, celulites, sagradas escrituras
Leia-se que és gostosa em braile
Como ela é forte em sua sensualidade
Incita desejos, guerras e revoluções.
O simples olhar tem o poder
De transformar o caminho e a caminhada
Em epopeias e sendas maravilhosas
Ela não sente em partes
Não absorve o mundo em fragmentos cubistas
Ela é toda sensação sedutora
De corpo e alma e sonho
Em seus tentáculos de percepções holísticas e minuciosas
Quantos poemas elas inspiraram e incitam?
Nas literaturas mais diversas de declarações piegas
De filosofia de banheiro
Ou versos hermenêuticos impenetráveis
Pois ela é pura poesia
E o seu beijo é transcendente e repleto
De um amor que transborda