Aborto

Preciso expulsar, você do meu pensamento.

Nossos mundos, são tão distantes.

Nossos corações iguais!

Sabotados pelo desejo,

Perderam o rumo.

...rumo ao abismo da desilusão.

Caminhamos para nunca chegar.

Sorrimos, todos os risos, sem pensar nas lágrimas,

Que poderÍamos deixar no caminho.

Mil demônios me perseguem, a cada beijo.

A cada anseio.

A cada vez,que vejo,o quanto te quero.

Vou sumir, no escuro da minha memória,esquecer de você.

Deixar as luzes, iluminarem meus olhos.

Luzes, que você, não me tem deixado ver.

Preciso voltar a viver!

Poder olhar de novo, um por de sol.

Sem culpa, sem querer, o calor que vêm de você.

Sentir a brisa, me acariciar e não amaldiçoar minha libido,

Pois lembro teu toque.

Adormecer meu alento, com um beijo mais próximo...

Procurar o mesmo momento, no travesseiro antigo.

Antigo, no ouvir meus lamentos, medos, desejos,

Balbuciar o mesmo nome.

Que me acompanha a tanto tempo!

Tanto, que disse e não tomou forma...

Refazer meus sonhos.

Sem me precipitar e nem perder a hora.

Preciso mergulhar, no meu momento pleno.

Voar para o infinito...

Me abraçar com o horizonte.

Sentir-me protegida pela lua.

Reluzente e toda nua!

Sem vergonha do universo.

Bailar minha alma no vento,

E, gritar, meu alerta para mim.]

Escutar meu instinto.

Fugir de você.

Para encontrar comigo, mais feliz.

Mais digna.

Mais filha, do meu querido Deus.

Será que é tão difícil, aceitar a solidão?

Me aceitar como companhia?

Sem tédio, sem raNcor,

Sem me sentir só comigo...

Estou perdida de amor pelo astro rei

Tão distante...

Enamorada do sol!

Plantada na terra,

Distante de Deus.

Observadora
Enviado por Observadora em 25/08/2005
Reeditado em 06/08/2006
Código do texto: T45073
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