NOITES DE CRISE
Piores noites
Desespero, angústia, anseio
A noite é longa
Difícil controlar a vontade de encontrar algo que possa fazer parar
O peito dói
E falta o ar
Me encontro no desespero de procurar qualquer coisa para me aliviar
Me vejo sozinha no meu quarto
As lágrimas caem
Enquanto as luzes ficam a piscar
O silêncio chega a fazer barulho, chega a gritar
Meu peito sufocado tenta abrir espaço para o coração bater
O desespero aumenta e anseia encontrar algo capaz de cessar qualquer angústia que controle os meus pensamentos
Já é costume
Essas noites sempre vem
Não atrasam, chegam com uma vontade enorme de me devorar
E devoram
Me controlam, deixando-me num desespero assustador
Me transformam num ser angustiado preso dentro de mim
E presa, sou torturada, apanho de socos e pontapés a noite inteira, até sangrar, até que o meu corpo não aguente e pereça no começo do dia
Acordo e nem parece que fui espancada a noite inteira por mim mesma