O MUNDO DE RAIMUNDO

Sabe-se que eu sou eu.

Sem ter ou não ser...

Mais Raimundo veio de que mundo?

Bem fundo, do fundo de algum poço...

Vai Raimundo rindo do mundo,

Talvez raso, talvez fundo.

Remando contra maré,

Correnteza reversa,

Nesse mundo rimando.

Sem filosofia, sua aspereza.

Melodia de mais um dia,

Sua nostalgia em vida.

Vai Raimundo com apenas um sorriso,

Raimundo sonhando com o que nunca viu.

...Pesadelo de outros mundos...

Com poucas forças ainda pensa ?...?

Com fundo onde não tenha que entrar,

Com sonhos que possa sonhar...

E eu? e você? Que é bem diferente de nós,

Que é bem diferente de ver.

Sem saber que existem Raimundos,

Que saem e que entram,

Nos becos e vielas.

Sempre, sempre, pelos fundos...

Sem serem notados,

Nem aplausos nem vaiados.

Apáticos desse mundo cego.

Raimundo continua sem ir,

Raimundo continua,

... Continua... Raimundo!

ESCRITOR FRAGA
Enviado por ESCRITOR FRAGA em 07/10/2013
Reeditado em 08/10/2013
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