Lugar de sempre

É muito o tempo que passa,

mas não parece ser.

Quase não se sente,

restam memórias dormentes,

que mal sabemos reconhecer.

De longe se observa o passado

pela janela turva do presente,

e se espia alguém que fomos um dia,

de volta ao mesmo lugar de sempre.

Então chega a tristeza,

nas noites de vigília,

a madrugada nos corteja,

e a alma em fadiga.

Nas idas e vindas da vida,

nos amores e desamores,

na luta, na alegria, na ferida,

no fim de tudo, distante do mundo,

voltamos sempre para o mesmo lugar.

Bia Guedes
Enviado por Bia Guedes em 12/10/2013
Código do texto: T4522810
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