Por que não me preocupar com a morte?

Porque a morte me encerra de uma vida vazia

Porque a morte me tirará deste mundo sem nexo

Porque a morte é uma caridosa minha vizinha

Porque a morte me levará do mundo sem sexo

Ah, belíssima dama das noites frias de inverno

Majestosa, aniquiladora de almas febris e solitárias

Me leve, oh deusa do escuro deslumbroso, inferno

A morte, única divindade de almas sofregas, unitárias

Por que oh morte não me levas para o escuro abrigo teu?

Por que não me arrebatas deste vil mundano fel?

Por que não me das teu gélido beijo em meu verão?

Por que não me seduzes cálice mortífero de cicuta?

Ah querida morte, por que malignamente não me atendes?

Oh querida, por que insiste em me deixar aqui?

Nãao! quero que me leves, venha minha deusa amada

Venha querida, beije-me com teus mortais lábios

Por que te amo? me perguntas oh esplendida dama

Porque sou incapaz de amar a um mundo doente

Porque este mundo não me basta, não me compreendo nele

Porque tu, oh lindíssima morte, é minha maior revolução.

Adailton Almeida Barros
Enviado por Adailton Almeida Barros em 13/10/2013
Código do texto: T4523543
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