Ser Tão Meu Coração

Volúpia é ver o agreste alarmando a vida!

Hora lida árdua, retirante sem glória

Verbalizado o confronto só der repente

Ter o solo, como assim, meu coração latente!

Chora a rosa, rega ao chão, planta á cova.

De outrora nada sobra, nada vem.

Nem de fora,

“Da Brasilia, de Sum Paulo alguém”

Há quem chore, ame, odeie, e vá embora

Aspirar ao Ser tão, não larga a mão

Que sem réstias, farinha ou feijão

Sertanejo é feito refém do que não vem

Vo simbora, que lindo é do lado de fora

O sertão até se dizia virar a amar

Sem noticiar os atos inconhos, ousa Alá

Tanta novena! Tanto amanhã mio será!

Morreram as horas de ontem

Morrem antes mesmo de chegar

Sem saber se o amanhecer ha de vigorar

Onde estou em mim agora, em modernidade

Que me deixo ficar às entrelinhas?

Desabitada de referencias minhas

“Meio amante bacana que se joga na lama”

E não apeia pra prosear...

Ser tão mais, ter fim, e esse palco moço

Inda há de me amar, e de eu não se apartar

Como assim, meu coração,

Ser Tão...

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 16/10/2013
Reeditado em 16/10/2013
Código do texto: T4527407
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