Delirio
Inevitável esquecer um nome
acordar tão cedo.
Sentimento errante não saber onde está.
Sempre que o peito aperta
a mente está distante.
Sempre que o mundo acaba
não quero voltar.
O passo contido insisti em me alcançar.
Palavra esquecida na ponta da língua
que eu tento falar.
A mente diverge da lembrança.
Onde eu devia estar?
Regressa e torna a partir
Renova e torna a teimar.
Renuncia o querer conquistar.
Sempre que a mente se cala
o coração teima em gritar.
É o caos que vem libertar.
É a fé que contradiz a esperança.
É a essência de quem ama o amar.
E assim se exalta o viver, se cria
milagres, sorrindo na dor,cantando
na agonia e se divertindo com as feridas.
O caos vem libertar a mente
do porque não estar, de não ser e acreditar.
Felicidade é não aceitar
as verdades definitivas e as certezas finitas.
Sempre que a mente aperta o coração esta a flutuar