Delirio

Inevitável esquecer um nome

acordar tão cedo.

Sentimento errante não saber onde está.

Sempre que o peito aperta

a mente está distante.

Sempre que o mundo acaba

não quero voltar.

O passo contido insisti em me alcançar.

Palavra esquecida na ponta da língua

que eu tento falar.

A mente diverge da lembrança.

Onde eu devia estar?

Regressa e torna a partir

Renova e torna a teimar.

Renuncia o querer conquistar.

Sempre que a mente se cala

o coração teima em gritar.

É o caos que vem libertar.

É a fé que contradiz a esperança.

É a essência de quem ama o amar.

E assim se exalta o viver, se cria

milagres, sorrindo na dor,cantando

na agonia e se divertindo com as feridas.

O caos vem libertar a mente

do porque não estar, de não ser e acreditar.

Felicidade é não aceitar

as verdades definitivas e as certezas finitas.

Sempre que a mente aperta o coração esta a flutuar

Reis de Oliveira
Enviado por Reis de Oliveira em 16/10/2013
Código do texto: T4528012
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