Titanic
Nos cais por quais passo
no estreito compasso
deste amor.
São luzes, são cruzes
que cruzam o espaço,
que abrem-se os braços,
para o naufrágio da dor.
Estou embebida, neste
imenso oceano de
seus olhos me olhando.
Estou nauseando
nas ondas que embalam
a solidão que vai dominando.
Já vou mergulhando
na nau de seu corpo
que vaga na noite
a procura de amor.
Na proa da vida
já sou doação
e grito sem medo
em timbres tão altos
se salta, eu salto.
Alaide Santos
Enviado por Alaide Santos em 26/08/2005
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