Mais um espectro

Num caminho percorrrido,

viajante impedido.

Em uma dimensão obscura

me encontro, longe de luzes

que me guiariam,

até o meu efêmero refúgio.

Como um triste espectro da noite,

até mesmo viajante do destino,

solitário e reclamante de luz.

Meu caminho se esconde

nas curvas do meu exílio.

O vento uivante sopra as folhas secas,

as nuvens negras encobrem o céu,

relâmpagos cortantes atingem a terra,

trovões estrondosos me assustam,

meu coração dispara em curtos lapsos.

Vultos e sombras espreitam no escuro

e assim apoderam-se de mim,

causando medo no interior do íntimo,

sugando toda a minha coragem

deixando um rastro de dor e vontade.

Minha jornada se disssipa lentamente

e rapidamente a tempestade se aproxima,

a chuva me molha, afogando meu grito

meu corpo vulnerável expulsa meu espírito

destinado a vagar eternamente.

Sillino Vitalle
Enviado por Sillino Vitalle em 17/04/2007
Reeditado em 04/07/2014
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