Mais um espectro
Num caminho percorrrido,
viajante impedido.
Em uma dimensão obscura
me encontro, longe de luzes
que me guiariam,
até o meu efêmero refúgio.
Como um triste espectro da noite,
até mesmo viajante do destino,
solitário e reclamante de luz.
Meu caminho se esconde
nas curvas do meu exílio.
O vento uivante sopra as folhas secas,
as nuvens negras encobrem o céu,
relâmpagos cortantes atingem a terra,
trovões estrondosos me assustam,
meu coração dispara em curtos lapsos.
Vultos e sombras espreitam no escuro
e assim apoderam-se de mim,
causando medo no interior do íntimo,
sugando toda a minha coragem
deixando um rastro de dor e vontade.
Minha jornada se disssipa lentamente
e rapidamente a tempestade se aproxima,
a chuva me molha, afogando meu grito
meu corpo vulnerável expulsa meu espírito
destinado a vagar eternamente.