ASAS NATAS

ASAS NATAS

Estou com sono, mais não quero dormir;

Não quero me enganar,

Quando durmo, sonho,

E não quero sonhar.

Não esta hoje. Não hoje.

Não quero sonhar...

Quero viver o real.

Preciso me conscientizar

Que nasci com asas,

Mais que me impediram de voar...

Mesmo sem utilizar minhas asas freqüentemente

Eu sei voar. Nasceu comigo este dom:

Nasci livre para voar...

Mesmo de asas partidas,

Não estou impossibilitada de levantar meu vôo,

Sou livre.

Mesmo que só em sonho, mais eu sou.

Hoje não quero dormir.

Hoje não preciso sonhar.

Quero conferir minhas asas,

Quero fazer isso acordada...

Preciso me adaptar

A minha realidade...

Saber que existem asas,

Que tenho como voar,

Que essas “asas” são minhas,

E que eu sei viajar pelo ar,

Transportada por meus sonhos

Que teimam em não se realizar...

Não vou dormir.

Não, não vou.

Não quero admitir

Nem tão pouco aceitar

Que “quebraram” minhas asas

Sem eu perceber...

Sem me consultar

Hei, essas asas são minhas

Queria eu gritar.

São minhas as asas,

São asas natas

Não podem ser emprestadas

São congênitas,

De mim não devem ser retiradas...

MFerreira, 29/06/2005

Martiniana Gomes Silva Ferreira
Enviado por Martiniana Gomes Silva Ferreira em 17/04/2007
Código do texto: T453762
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