Maios

Há um certo que de insolência
na linha sinuosa do eixo
que te empresta cadência
ao dar de ombros no andar
e o prumo que te eleva o queixo
e salienta seus lábios
cheio de beijos sábios.

Abaixo, seu colo esconde
entre o peito e a curva onde
me envolve em cheiro da chuva
bem na volta do pescoço
onde me aninho do medo.

Visto sua pele qual luva
uma loucura me arde
trituro poesia em versos
da seda a flor em explosão
na ante-sala  é cedo
mas a vida em arremedo
é outra e era tarde

Em seu coração o que ouço
é o pulsar do universo,
em maios de sedução



T.Otoni, 04 / 2011

 
Elane Tomich
Enviado por Elane Tomich em 24/10/2013
Reeditado em 26/10/2013
Código do texto: T4539295
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