Poemicídio II

Todo poema é um suicídio raquítico, posto à margem do alimento que o encorpa

Da água que o irriga

Do fôlego que lhe daria a vida devida

Todo poema é um suicídio ensurdecedor

Que te fica à beira da cama, noite após noite

Mendigando copo de leite que o faça dançar

Todo poemicídio é um homem que anda faminto à procura de uma faca que o materialize

(Talita Fernanda Sereia)

Talita Fernanda Sereia
Enviado por Talita Fernanda Sereia em 27/10/2013
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