A fumaça alcança o alto
Em forma espiralada
Na quietude da noite
Incerta e inquieta gira como compasso
Na confusão de pensamentos
Que se chocam e provocam os sentidos
Sentimentos incontidos
A fumaça bate na janela
E volta para onde consegue estar
Reconhecida a antiguidade
Exalada pelas paredes
A fumaça envolve como invólucro
A ebulição da essência
Alterada na espinha dorsal
Expulsa os parágrafos inacabados
Esquecidos na ignorância
De lapso proposital
A fumaça sustenta seu peso
Equilibrista sensacional
Impõe sua leveza
Indiscreta na beleza
Que recusa pousar