MEU VOO

Meu voo não é em céu de brigadeiro.

Muitas vezes o último, não o primeiro...

Ando de vagar, sem pressa?

Talvez. A circunstância dirá.

Sou pirata do ar, da terrar e do mar.

Sou pirata.

Na ilusão da vida faço, refaço e desfaço.

Meu voo não é em céu de brigadeiro.

Contorno os despenhadeiros.

Minha coragem tem a medida da latitude extrema

E minha cautela tem a medida da longitude extrema.

As lágrimas do céu lavam minha alma,

Acalmam-me, estabilizam-me em sonhos de verão.

Marlon Costa

Parnamirim/RN, 28.10.2013