POEMA TENEBROSO.

O mesmo dia,
a mesma noite,
tudo paulatino,
como degrau
de escada,um
após o outro,
tudo muito bem
orquestrado, assim
é esse estado,que
se chama vida,
tudo muito enfadonho,
respiração lenta,
transpiração aguda,
o novo amanhã,
já é dono de 
pequenos traços
de senilidade,
tudo muito sútil,
parece mesmo que 
o criador quer poupar
a nossa agonia,
esse infânte que
a mãe acalenta,
já começa a morrer,
a morte física sabe
que temos medo
da partida,assim ela
começa cedo, neste
desgaste, somos
displicentes,só
despertamos  quando
nasce o alvo pelo,
a vida segue morna,
vai nos engordando
para presentear a morte,
no fundo elas misturam
as essências,somos
duais ,corpo e alma,
ao eclodir a vida
acorrenta-se a alma,
a morte é a libertação
do espírito.
 





 
Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 29/10/2013
Reeditado em 29/10/2013
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