Colapso

Suturo-me à estrutura

Unifico-me descentrada

Entro em colapso

Lá fora o tempo urge

Na estrada o carro passa

O vento levantando minha saia

Celebra seu intento

Deixando-me envergonhada

Embasbacada

Entretanto, refrescada

Assim, um tanto quanto desarmada,

Esqueço minha identidade

Predizivelmente fragmentada

Descomposta

Correndo do vento

Baixo minha guarda

Vento safado

Por certo é homem

Visivelmente canalha

e tarado

Rose de Castro

A ‘POETA’

Rose de Castro
Enviado por Rose de Castro em 18/04/2007
Reeditado em 05/05/2007
Código do texto: T454837