Colapso
Suturo-me à estrutura
Unifico-me descentrada
Entro em colapso
Lá fora o tempo urge
Na estrada o carro passa
O vento levantando minha saia
Celebra seu intento
Deixando-me envergonhada
Embasbacada
Entretanto, refrescada
Assim, um tanto quanto desarmada,
Esqueço minha identidade
Predizivelmente fragmentada
Descomposta
Correndo do vento
Baixo minha guarda
Vento safado
Por certo é homem
Visivelmente canalha
e tarado
Rose de Castro
A ‘POETA’